NADA PARA QUEM DÁ MUITO PARA QUEM RECEBE #históriasdebh

14/05/2015 22:27

Ajudar o próximo, ser caridoso, são sinônimos do trabalho que Germano faz há mais de 3 anos no Projeto Vida: Trabalho e Justiça para todos, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, localizada na região central de Beagá. Graduado em Comunicação Social, Germano Silveira, 44, é natural de Araçuaí (Vale do Jequitinhonha), mas vive em Contagem há mais de 15 anos. O mineiro de bom coração tem uma rotina cheia de compromissos - trabalha na Secretaria de Contagem e na Sorveteria Sorbel, no bairro Bonfim – mas não mede esforços quando o assunto é ajudar.

                                                       

(imagem cedida pela Paróquia Santuário da Conceição)

Entre um trabalho e outro, Germano participa de uma organização civil, sem fins lucrativos, que congrega homens e mulheres que exercem alguma forma de trabalho informal, sem nenhum tipo de descriminação, voltando-se de modo especial para os trabalhadores de rua, com sua história de luta, sofrimento e esperança. “Fazemos uma grande corrente do bem para acolher aqueles que trabalham pelas ruas de Belo Horizonte”, relatou.

 

Junto com o Germano, há também pessoas que de alguma forma fazem a diferença na vida dos mineiros, como juízes e deputados. “Me sinto honrado e agradeço quando vejo, mesmo que sem palavras, um morador de rua satisfeito com o amparo recebido por nós”, conta Germano emocionado ao lembrar dos momentos que vive junto aos amigos que fez na ONG.

 

A realidade de muitas pessoas fez com que o Instituto Leal M – Opinião e Mercado realizasse uma pesquisa: Os dados apontam que a grande motivação para trabalhar e morar na rua é a falta de emprego. Das pessoas que participaram da pesquisa, 42,9% concordaram com o fato. Mas muitas dessas pessoas não escolheram trabalhar na rua e hoje vivem na miséria, sem alimentação, higiene e saúde adequadas. É por este motivo que Germano não abre mão do seu trabalho voluntário: “Ajudo o próximo, sem esperar nada em troca, trabalhando para contribuir para uma Belo Horizonte mais feliz”, conclui. Sua história não o diferencia de pessoas que fazem o mesmo trabalho, mas o destaca pelo exemplo de amor e carinho pela sua cidade.

#historiasdebh

 

 

(Por Mariana Carvalho e Tayná Tavares)